sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Liberdade é ser quem se é

Sou pequena e infinita.
Mãe, menina e mulher.
E o que mais eu quiser.
Passageira de mim.
Da vida caminhante.
Um coração pulsante.

Ora sou bicho selvagem.
Fera indomável.
Corpo quente, garras e dentes.
Seios fartos para nutrir.
Preparada para o que há de vir.

Ora sou raio e trovão.
Tempestade e furacão.
Chovo e amanheço.
Estremeço e anoiteço.
Clarão em céu estrelado.

Ora também sou frondosa árvore.
Com raizes fincadas.
Florindo... À espera de frutos.
Pra ser outra vez semente.
Vida-morte-vida. Sabedoria apreendida.
Ciclos sagrados da vida.

Habito em mim.
Minha casa tem asas.
Não tenho paredes, nem divisórias.
Só janelas e horizontes.
O céu é meu telhado.

A mãe terra é meu chão.
Sim. Eu Sou.
O Eu Sou, também sei que sou.
Da polaridade, à unidade.
Sagrada e profana.
Em mim a vida clAma.

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