quarta-feira, 27 de maio de 2015

Despedida

Sua frieza congelante.
Me dói a cada instante.
Sinto que você sempre permaneceu distante.
Que pra você minha companhia nunca foi o bastante.

Seu coração tem outra moradora.
E pelo visto mesmo ausente, ela é duradoura.
O que sai da nossa vida tem um propósito,
Além de nossa compreensão...
Mas segurar pás e dar energia as lembranças do passado é escolha.

Só o que existe é o presente.
E se não olharmos ao que está à nossa frente,
apenas deixaremos de viver as dádivas que a vida nos dá e que certamente,
São exatamente o que precisamos para nossa evolução.

Não dou mais conta de estar sempre me sentindo só e vazia.
Principalmente na sua companhia.
Não encontro em nós mais alegria.
Apenas lembranças e nostalgia.
Sem reciprocidade, amor e carinho o sentimento morre e só resta o hábito de  todo dia.

Acredito que o tempo cura para que a vida possa seguir.
Prosseguir.
Estou escrevendo pra desabafar e me despedir.
Para que de novo, no tempo certo eu possa novamente sentir.

Peço ao Poder Superior, um novo amor.
Para juntos construir, crescer, nos desenvolver e florescer.
Sem pressa, no tempo certo.
Um novo amor não apenas carnal,
Desejo também conexão afetiva, mental e espiritual.

Alguém amigo, cúmplice, companheiro e amante,
Que me ame, aceite e possa ser constante.
Alguém que me compreenda e que eu possa me entregar,
Sem fantasmas para me assustar.

E por favor Deus... Dessa vez correspondido.
Mas apesar de ter sofrido.
Sou grata por tudo vivido, aprendido e apreendido.
Pra mim, permanecer perdeu o sentido.
Por isso me despeço mesmo ainda sentindo.



Adeus meu querido.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Construção

De que adianta amar ser verbo, se não existe ação.
Apenas reação, à programação passada.
Resistência é medo. Aprisiona.
Todo sentimento reprimido, um dia há de vir a superfície.
Pra que tanta repressão e tanto controle?
Porque tanto medo?
Medo de admitir que tem medo.
Medo de amar de verdade e se entregar.
De ser amada e correspondida.
Ferida.
Prisioneira de suas racionalizações.
Congelada no passado.
Submissa à emoção.
Porque tanta auto-ilusão?
A única liberdade é a aceitação.
Principalmente dos próprios sentimentos.
Amo.
Sei, sinto.
Sigo.
Unificando-me com o universo.
Libertando-me de minhas crenças.
Aceitando o que é.
Estando completamente no agora, no hoje, no momento.
Consciente de que no tempo certo tudo há de ser.
Caminhando e cantando.
Dançando e sorrindo.
Existindo no momento.
Sendo.
Despertando.
Libertando meus pensamentos e sentimentos.
Respeitando meu corpo.
Seguindo minha intuição.
Sei que tudo tem um propósito e tudo contribui para o bem.
Para a evolução.
Para o entendimento.
Se tiver de ser.
Será.
É.
Foi e já valeu, sou grata por tudo que aprendi.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

A morte de um amor

Há de se matar o amor:
Ora por egoísmo,
Ora por inanição,
Ora por expectativa,
Ora por jogos de poder, 
Ora por falta de respeito,
Ora por sarcasmos e ironias,
Ora por falta de aceitação,
Ora por apego ao passado,
Ora por manter um coração machucado.
Ora por não abrir-se para sentir...

Não há desejo que sustente um amor moribundo, uma hora se cansa de esperar por algo que não virá, de dar, doar-se e o outro não estar aberto.

Longe do meu lado, estando sem corresponder.
Pra quê?
Porquê?
Um dia o outro há de perceber, quando perder (perder não, pois ninguém de fato pertence a ninguém)... Infelizmente a maioria de nós precisa da dor para compreender, que jogos não fazem um amor, sufocam e fazem sofrer.

De minha parte me dei, tentei, suportei... agora cansei, enxerguei que me enganei...
Porque me auto iludi?
Porque me permiti sofrer?
Carência, Insegurança, medo da solidão, falta de amor próprio e por não enxergar meu valor.
Mas Isso tudo pode se equilibrar.
Basta decidir a mim mesma novamente focar.
Me valorizar e amar.

Por hora peço em oração:
Deus... Tira do meu coração toda essa auto ilusão e esse apego.

E a você...
Desejo que sejas feliz, serei também.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Torre de Babel

Vem.
Foges...
Solidão a dois.
Impotência muda.
Silenciosa presença.
Que te torna ausência.
Deserto em mim.

E ao meu lado...
Lágrimas, papel, tintas e linhas.
O pranto verte.
Tristeza profunda,
teço um bordado Azul.
Dor pungente.
Por te sentir ausente.
De corpo presente.

Frustração...
Incompreensão.
Ausente comunicação.
Também quero escapar...
Não entendo porque insisto em ficar?
Tudo que quero é falar...
Mas me conformo em pintar.
Pra desabafar.
E meu peito lavar.
flores Carmim.
No deserto de mim.

Sem sinal,
Fora de área...
Perdemos a conexão.
Será que ainda temos solução?
Agora nesse momento só tristeza e solidão...
E entre nós... O Silêncio.

E nEle. Encontro a mim mesma.
Minha real natureza.
Sublime beleza.
A própria inteireza.
UMa.

sábado, 16 de maio de 2015

Insatisfação

Porque preciso sempre ceder?
Continuando a sofrer.
Porque aos outros tenho que agradar?
E a mim mesma desrespeitar.
Porque não consigo dizer e fazer o que preciso sem temer?
Sendo eu mesma pra valer.

Porque com sobras continuo a me contentar?
Quando sei que mereço a reciprocidade experimentar.
Porque ainda tenho medo de perder?
Se nada posso realmente reter.
Porque vivo a adiar soltar e me libertar?
E algo novo finalmente encontrar.

Porque sempre é tão difícil escolher?
O que é mais saudável e me fará crescer.
Porque continuo a me auto-sabotar e procrastinar?
Quando posso me perdoar e aceitar.
Porque ainda tento parecer?
Quando só preciso estar.

A solução para a insatisfação.
Está na mudança de padrão.
Uma em si. ;)

Fim

Saudade do que já foi, sem nunca ter sido.
Presente ausência do que não é.
Frustrante certeza...
Sentimento racionalizado,
Assassinado e arrancado.
Futuro extirpado.
Passado inatingível.
Presente, frio e distante.

Fim.
Morte.
Morte e vida.
Morte é vida.
Nova vida.
Vida nova.
Nascimento.
Novo ciclo.
(RE)começo.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Ausente presença, arauto do Fim

Solidão.
Solidão acompanhada.
Solidão acompanhada de mim.
Solidão acompanhada de ti.
Solidão. Vazio. Silêncio. 
Ausente presença já partida...


Só... Mas, antes só, do que mal acompanhada.